Fundos de Investimento
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O que são Fundos de Investimento?
São tipos de aplicações financeiras de um grupo de investidores (chamados de cotistas) em diversos ativos, com o objetivo de obter rendimentos e lucros, que serão redistribuídos aos seus participantes.
Os fundos são criados por instituições financeiras e geridos por profissionais, que são os gestores que escolhem o formato do fundo e em quais ativos o valor arrecadado com a venda das cotas será investido. A soma de todo o dinheiro aplicado pelos investidores é o patrimônio do fundo.
Os fundos podem ser divididos em quatro grandes categorias:
Renda variável
No fundo de investimento em ações possui no mínimo 67% do patrimônio líquido em ações ou ativos relacionados. O investimento em fundos de ações traz mais riscos e volatilidade que a renda fixa, mas também aumenta o potencial de retorno. Podem ser classificados como fundos passivos e fundos ativos.Nos fundos passivos, as ações utilizadas são atreladas a determinado índice. A gestão passiva tem como objetivo repetir um índice modelo como referência, também conhecido como benchmark.
Renda fixa
Os fundos de renda fixa aplicam no mínimo 80% dos seus recursos em ativos relacionados à renda fixa, remunerando conforme o andamento dos indexadores, como por exemplo, a taxa Selic. Essas carteiras buscam retorno em CDBs, Letras de Crédito Agrícola (LCAs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Tesouro Direto, Debêntures, entre outras. Normalmente adotando como referência da rentabilidade a taxa CDI. Por ser um fundo com perfil mais conservador, é muito indicado para investidores que estão iniciando ou com o perfil mais conservador.
Cambial
Os fundos cambiais realizam aplicações no mínimo 80% dos recursos em ativos relacionados a moedas estrangeiras, como por exemplo, o dólar ou títulos públicos de outros países. Esses fundos possuem uma gestão principalmente passiva. Acompanham a o comportamento e evolução de moedas estrangeiras, em relação ao real.
Multimercado
Os fundos multimercados possuem liberdade para realizar operações nas mais diversas classes de ativos, nele estão diversos ativos de renda variável e renda fixa. A grande característica dos fundos multimercados é a possibilidade de diversificação, algo que não ocorre em outros fundos de investimento. Este é um fundo de investimento onde normalmente os riscos são mais moderados, comparando aos fundos de ações.
Cada um desses tipos de investimentos possui características específicas definidas pelas instituições reguladoras do mercado, como a CVM e a ANBIMA.
E, dentro do segmento de renda variável, existem 7 tipos de fundos:
- Fundo de ações (FIA);
- Fundos de investimento em infraestrutura (FI-Infra);
- Fundos de participações (FIP);
- ETFs;
- Fiagro;
- FII (Fundos Imobiliários);
- Multimercado (FIM).
Um pouco mais sobre Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs):
Os FIIs são fundos em que os investidores aplicam recursos em investimentos imobiliários. Eles podem ser empreendimentos que ainda serão construídos ou imóveis já terminados, como hotéis, hospitais, shoppings centers e edifícios comerciais. O objetivo visado nesse tipo de investimento é o retorno de recursos pelo arrendamento, venda do imóvel, exploração e valorização do local, entre outros.
Por que investir fundos imobiliários?
Vantagem Fiscal
O IR não incide sobre o rendimento distribuído pelo fundo para pessoas físicas. Dessa forma, o retorno do investimento é maior.
Alto índice de liquidez
Por serem distribuídas e negociadas na Bolsa de Valores, o risco de não conseguir vender o ativo é baixo.
Facilidade e Renda extra
Investindo em FIIs, você recebe aluguel todos os meses sem ter que comprar um imóvel e sem se preocupar com os cuidados e burocracias complexas que isso demanda.
Diversificação
Investindo em FIIs, você aposta em uma carteira mais ampla, diversificando seus investimentos e tendo acesso a diferentes tipos de imóveis nos mais diversos segmentos do setor.
Qual é a diferença entre aplicar em Fundos Imobiliários e Comprar um imóvel?
Liquidez
As cotas são negociadas na Bolsa de Valores, portanto a chance de venda rápida é alta.
A venda depende de uma série de variáveis e burocracias que podem fazer com que a venda rápida se torne difícil e por isso, talvez você tenha que aceitar um valor inferior ao que pagou.
Diversificação
É possível investir em diversos tipos de imóveis em diferentes segmentos do setor.
Caso deseje diversificar, você precisará investir em múltiplos imóveis.
Burocracia
O investidor não se preocupa com burocracias e cuidados de um imóvel. Ele negocia as suas cotas de forma online por meio do Home Broker.
O investidor precisa se preocupar com diversos aspectos. São eles: documentos, certidões, vacância, reforma, escrituras, ITBI, entra outras.
Preço
Com um valor pequeno já é possível investir em FIIs.
O investidor precisa financiar um valor alto.
Vantagem fiscal
O valor do aluguel é isento de IR para pessoas físicas.
Os aluguéis de propriedade direta são tributados pelo Imposto de Renda Pessoa Física.
Custos
Taxa de administração, custo por ordem e IR sobre a valorização do investimento na hora da venda.
IPTU, condomínio, manutenção, ITBI, custo do corretor e IR.
Gestão
Apresenta uma gestão ativa que tem como objetivo extrair o maior valor possível do portifólio de imóveis.
O proprietário nem sempre consegue se dedicar a administração dos imóveis.
Riscos
Investem em empreendimentos em que há grande diversificação de inquilinos, diminuindo os riscos de oscilações drásticas na distribuição dos rendimentos.
Riscos de vacância e inadimplência.
Como faço para
começar a investir?
É igual investir em ações. Você acessa o seu Home Broker, seleciona Fundos Imobiliários e digita o código que identifique o ativo desejado – normalmente composto por quatro letras e dois números. Em seguida, você indica a quantidade de cotas que deseja adquirir e o preço pretendido. Finalize a autenticação por assinatura eletrônica e emita a ordem de compra e clique no botão “enviar ordem”.
Pronto! Agora é só esperar a operação ser liquidada para você ser você ser um proprietário de cotas FIIs. Caso você queira comprar mais cotas ou vendê-las, você deve fazer o mesmo procedimento: emitir novas ordens de compra ou venda, definir o valor e a quantidade de cotas e esperar a negociação ser efetivada!
Para investir em qualquer uma das modalidades expostas, seguindo o passo a passo temos:
- 1. O cotista escolhe um fundo que seja ideal para ele.
- 2. Ele investe seu dinheiro no escolhido, adquirindo a cota.
- 3. Esse dinheiro se juntará aos recursos dos outros cotistas.
- 4. O gestor encarregado irá decidir quais ativos deverão estar nesse fundo e a quantia investida em cada um.
- 5. Os rendimentos desses ativos serão distribuídos conforme as cotas de cada cotista.
Cada fundo possui sua estrutura, regulamento e diretrizes específicas, o gestor deve segui-las enquanto toma as melhores decisões para atingir os objetivos estipulados. Eles podem ser classificados segundo os conceitos a seguir:
Aberto - Geralmente, os cotistas podem entrar ou deixar de participar do fundo no momento que desejarem, só é necessário respeitar as datas entre a solicitação do resgate e a do resgate efetivo.
Fechado - Já aqui, é necessário esperar a data de vencimento determinada para o resgate, para aí, sim, poder vender as cotas.
Ativo - São aqueles que atuam no mercado com uma frequência maior e isso demanda mais custos, já que o objetivo é superar o índice de referência.
Passivo - Podem ser tanto abertos, quanto fechados. O objetivo deles é espelhar, ou chegar o mais próximo possível dos rendimentos de certo índice de referência. Têm custos menores, pois seu funcionamento demanda menos recursos.
Sobre Regulamento, Tributação e Come-cotas:
Entre as informações que estão contidas no regulamento, que deve ser de conhecimento não só do gestor como de todos os cotistas, podemos destacar:
- • Composição da carteira
- • Regras básicas de funcionamento
- • Limites de cada ativo
- • Riscos
- • Liquidez - pode ser D+1, D+2, D+10, etc.
Assim como em outros investimentos, as aplicações em fundos pagam impostos. São dois os principais tributos que incidem nas carteiras: Imposto de Renda e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
O Imposto de Renda incide na rentabilidade dos fundos. Assim, se durante um ano uma carteira rendeu 10%, é sobre esse valor que as alíquotas serão aplicadas. Para efeitos de tributação, os fundos são divididos em três tipos:
- • Fundos de longo prazo: papéis com vencimento em mais de 365 dias, em média
- • Fundos curto prazo: papéis com vencimento em menos de 365 dias, em média
- • Fundos de ações
A tributação dos fundos de curto e de longo prazo segue uma tabela regressiva, segundo a permanência do investidor na aplicação.
Significa que você pagará menos Imposto de Renda caso mantenha seu dinheiro investido por mais tempo. O IR é cobrado na fonte e recolhido pelo administrador. As tabelas de alíquotas são as seguintes:
Fundos de Curto Prazo
Até 180 dias de aplicação | 22.5% |
Acima de 180 dias de aplicação | 20.0% |
Fundos de Longo Prazo
Até 180 dias de aplicação | 22.5% |
De 180 a 360 dias de aplicação | 20% |
De 361 a 720 dias de aplicação | 17,5% |
Acima de 720 dias de aplicação | 15% |
Ao contrário de outros investimentos, a cobrança de IR nos fundos de curto e longo prazo não acontece apenas na hora do resgate. Ela é semestral. Duas vezes por ano, no último dia útil dos meses de maio e novembro, os administradores calculam quanto os investidores devem de imposto considerando a menor alíquota aplicada em cada categoria. A cobrança é feita recolhendo cotas do fundo – por isso, esse sistema é conhecido como “come-cotas”.
Se por acaso o investidor decidir resgatar os recursos em um período mais curto, em que as alíquotas de IR seriam maiores do que recolhidas pelo come-cotas, o cálculo da diferença entre o que já foi pago e o que resta acertar é feito e os valores, retidos pelo administrador.
Nos fundos de ações, o esquema é diferente – e, na verdade, bem mais simples. Incide uma alíquota única de IR de 15% sobre o rendimento, cobrada na fonte, no momento do resgate das cotas.
Já o IOF incide sobre o rendimento apenas nos resgates feitos em um período inferior a 30 dias a partir da aplicação. A alíquota pode variar de 96% a 0%, dependendo do prazo.